Praticamente uma vez por ano, pelo menos, uma novidade sobre a placa Raspberry Pi é lançada. Seja um placa totalmente nova ou apenas atualizações de hardware para as versões já conhecidas.
Numa postagem anterior eu mostrei, brevemente, algumas coisas que eram possíveis serem feitas com estas placas. Naquela época estávamos no modelo da Raspberry Pi 3 e havia acabado de ser lançado o modelo da Raspberry Pi Zero, a versão minúscula de $5 dólares da foto abaixo.
Raspberry Pi Zero lançada em 30/11/2015 |
Nesse tempo, vim acompanhando sua evolução, como amante dos jogos antigos e da emulação, é pra mim inevitável não ver e testar as novidades que saem relacionadas, não somente dessa placa (minha preferida), mas a todas as possibilidades de emulação que nos trazem um boa experiência nostálgica.
E com o lançamento da Raspberry Pi 4 em conhecemos então uma nova possibilidade de mais potência e maior abertura para a emulação de jogos mais pesados ou de criação no geral. Para compreender essa escalada na evolução das placas Raspberry Pi, fiz uma tabela com algumas especificações abaixo:
Clique para ver em detalhes | São as principais versões e não todas já lançadas |
Como podemos ver as evoluções são gradativas, mas bem significativas. Do primeiro modelo A com seus simplórios 700MHz de processamento e 256MB de memória RAM, até o modelo 4 B, com 1,5GHz e até 4GB de memória RAM, houve um salto de possibilidades.
Enquanto o primeiro modelo emulava os jogos bem mais antigos até a geração de 16bits e tinha dificuldades com os jogos de 32bits (PlayStation). Os últimos modelos, e com a constante atualização dos softwares de emulação, já é possível rodar tranquilamente jogos de plataformas de 128bits, como o Dreamcast e tudo abaixo disso, como Nintendo 64 e PlayStation e de forma muito satisfatória.
Uma das maiores vantagens da Raspberry Pi são: sua portabilidade e seu baixo consumo de energia (tabela acima). Medindo apenas 8,5cm por 5,6cm nas versões B e somente 6,5cm por 3cm nas versões Zero).
E falando do modelo Zero que foi produto para a produção de uma infinidade de consoles portáteis, fiz também uma tabela com os seus três modelos existentes. Atualmente somente o W se encontra no mercado. Há também a versão Zero WH que seria a mesma versão W, só que com os pinos GPIO, chamados de headers que não está na tabela abaixo (Wireless with Headers).
A versão Zero W de Wireless, foi a última versão lançada no mercado até então |
Para os nostálgicos da era de consoles de 16bits para baixo, do SNES ou Megadrive, regredindo até o Atari 2600, Vectrex ou PC's mais antigos e obscuros que rodavam jogos como o MSX, a Raspberry Pi Zero funciona muito bem para a emulação destes jogos e sistemas.
Já para os quem pretende rodar sistemas de consoles já com renderização 3D mais pesadas, os outros modelos são mais recomendados. E aí que chegamos a Raspberry Pi 4, o novo lançamento Raspberry Pi Foundation.
Com um processador mais veloz, portas USB 3.0, um chip Ethernet com suporte a PoE (Power over Ethernet) GigaBit e a possibilidade de usar 2 monitores em 4k ao mesmo tempo. A Raspberry Pi 4 model B, agora possui um processador atualizado, 64-bit e quad core, com uma velocidade de 1.5GHz e três opções de memória RAM, 1, 2 e 4GB, sendo o mais potente de sua geração.
No entanto, com toda essa potência, as modificações foram tão profundas no hardware que os sistemas, que antes chegavam a funcionar a mesma versão nas placas 1, 2 ou 3. Agora precisam serem refeitos para rodarem na Pi 4.
Como, por exemplo, o sistema de emulação de jogos Recalbox v6.1.1, versão que foi lançada recentemente (irei falar dele em outra postagem) que não é compatível com o placa Raspberry Pi 4. Outros problemas relatados são, os cabos USB tipo C que levam energia para a placa, alguns modelos simplesmente não funcionam. O super aquecimento do processador e da placa no geral é outro problema (veja as imagens térmicas abaixo), além de algumas pessoas relatando a queda do Wifi ao aumentar a resolução de exibição da tela.
Portanto, por mais que seja uma ótima atualização de hardware, a versão da Raspberry Pi 4 modelo B v1.1, ainda não é uma opção viável e confiável para a produção de alguns projetos, principalmente os de emulação para jogos de alto consumo de recursos, já que o super aquecimento inevitavelmente derruba consideravelmente a performance.
A versão 1.2 do modelo 4 já está em desenvolvimento, mas aparentemente apenas para correção do problema do cabo USB tipo C. Vamos aguardar mais pela chegada de uma atualização que se mostre definitiva e bem acabada.
Veja em inglês uma análise completa de Benchmark de todas as placas e como a Pi 4 é superior mas mostra problemas nos testes de limite de aquecimento e velocidade que aquece.
Portanto, por mais que seja uma ótima atualização de hardware, a versão da Raspberry Pi 4 modelo B v1.1, ainda não é uma opção viável e confiável para a produção de alguns projetos, principalmente os de emulação para jogos de alto consumo de recursos, já que o super aquecimento inevitavelmente derruba consideravelmente a performance.
A versão 1.2 do modelo 4 já está em desenvolvimento, mas aparentemente apenas para correção do problema do cabo USB tipo C. Vamos aguardar mais pela chegada de uma atualização que se mostre definitiva e bem acabada.
Veja em inglês uma análise completa de Benchmark de todas as placas e como a Pi 4 é superior mas mostra problemas nos testes de limite de aquecimento e velocidade que aquece.
Familia completa das placas Raspberry Pi |
Há muito mais a ser dito e analisado sobre essas pequenas e notáveis placas, estão nelas parte do que serão, no futuro, nosso hardware de uso comum, baratos, portáteis, com baixo consumo de energia e altamente poderosos.